Bom Dia Pessoal...
Estamos aqui, mais uma vez, para compartilhar percepções e reflexões sobre o que tenho vivido nestes últimos tempos ao lado do Picaburu
Ontem foi a última quinta feira de espetáculo (pois a partir de agosto, estaremos só de sábado e domingo), e foi um espetáculo tenso.
Tínhamos apenas 10 espectadores... E um trabalho a cumprir que era o de levar alegria a eles. Mas horas tínhamos dificuldades para isto.. Parecia extenuante
No caminhão, após o espetáculo, começamos a conversar sobre o mesmo e o Beto falou uma coisa interessante. Que devemos exercer nosso ofício sem a OBRIGAÇÃO de agradar ao público... O público tem idéias subjetivas por si só... Cada um vai sair de lá com uma percepção diferente. Se tentarmos agradar o público, acaba se tornando muito pesado tanto para o ator por trás da máscara como para o público.
E também comentaram que devemos fazer para 1 ou 10 como se a casa estivesse lotada. Neste momento, lembrei da minha grande mestra do teatro no macunaima - Monica Granndo - que falava exatamente isto.
Nisto percebo que temos um compromisso com o público, mas este compromisso não pode se tornar carga para nós, brincantes da vida (eu mesmo tenho que aprender a brincar com e da vida). Se levarmos este compromisso como carga, o fardo se torna por demais pesado.
Mas o saldo foi positivo, pois uma menina que assistia o espetáculo tinha medo de palhaço e agora perdeu este medo... Isto para mim é uma das vitórias que mais adoro ter. A mudança de concepção do que tínhamos.
Bem... Fico por aqui e continuarei a postar minhas aventuras neste mundo mágico do nariz vermelho
Abraços
Flavio Emilio Costa
(Palhaço Picaburu)